SOU(L)

XXXXXXXXXX Sabe, às vezes eu sinto uma saudade tão cortante daquele tempo em que éramos tão íntimos... Nosso amor era adolescente, aquela coisa fogosa e puramente apaixonada. Era incrível como tudo me brilhava os olhos, em tudo eu via Você. Eu cruzava a cidade a pé, só para Te encontrar no final do dia e te contar de tudo o que se passava em do aquimeu coração. Meus planos eram só Teus. Só, só isso me importava. Eu vivia a semana inteira em função do sábado, dia em que eu sabia que ia Te encontrar naquele palco - qualquer fosse a sua forma: chão de praça, sala de reunião, tablado de teatro. Eu hoje fecho os olhos e me lembro de tudo aquilo... Meu grande amor, meu único... Como pude eu crescer tão rápido assim? Como pude saborear tão pouco daquele tempo doce, puro, perfeito? Eu sinto TANTO Sua falta, do jeito que vivíamos naquela época... Você sabe, sempre sabe de tudo - lógico. Acho magnífico o quanto seu amor muda de forma para se encaixar exatamente no formato d

É sempre assim: quando um ama mais, o outro ama menos. Sempre me achei um monstro em todas as vezes em que, nesta dança de dois, era meu o papel de amar menos. Quando se ama menos, é fácil esquecer. É mais simples dizer "ah, passou", ou "não deu certo". Quando se ama mais, porém, nada passa, nunca. Mesmo depois de tanto tempo, surge uma ponta daquele amor que sobrava, sozinho, para trazer um pouco de mágoa ou aquele sentimento de "não acredito que você fez isso comigo". Ah... como dói amar mais....