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Mostrando postagens de janeiro, 2008

É... uma mulher.

Este conto é algo que não se pode definir como continuação de algum outro, ou o fim de alguma história. Ele simplesmente é, acontece, flutua por aí como as folhas que caem lá do alto - secas - no outono. Creio que vocês estejam lembrados da garota. Ela continua na história, digo, em outra história, enfim... contemos aqui a história da garota. Assim, apresento-lhes um outro personagem. Desta vez não foi um garoto, nem um príncipe ou um anjo. Desta vez foi um homem. Mas deixe-me descrevê-lo: ele era alto, bastante alto, daqueles que se você chegar lá no topo, consegue ver como é profundo, como um poço que não permite que se veja o seu fim. Tá, ele tinha uma aparência agradável, sim.. mas nada como seus olhos. Olha, eu dedicaria páginas e páginas descrevendo seus olhos... eram de uma cor não-talvez-quase-sempre-sim inacreditável... verdes, mas castanhos; castanhos, mas também verdes... profundos e penetrantes. Eram bem calmos, tão calmos que de quando em quando ela acabava por entender qu

O manifesto

NÃO. Deixei de dizer muitas coisas, durante muito tempo, inclusive nos dias de sol. Mas agora chega! Estou de saco cheio dos políticos, dos padres e das multinacionais! E atenção! Estou disposta a lutar contra todos aqueles que tentarem pôr as mãos em mim - guardadas as devidas porporções, é lógico. Quero ser livre num mundo livre, caramba! Senhores: Descobri que meu pescoço também pode - sozinho - dobrar-se para trás e meus olhos, portanto, voltarem-se diretamente para o céu. Não me venham mais dizer o que devo e o que não devo fazer, ou até onde devo chegar, nem que alimentos terrestres devem ser cozidos previamente para que não provoquem pesadelos. Minha boca aprendeu a dizer palavras como AMOR e LIBERDADE, além de belas canções. Não, meus supermestres: acabou-se a repetição. Estou viva. A vida palpita em minhas veias como as batidas de um pandeiro. Por isso mesmo, não tenho vontade de continuar me alimentando com um conta-gotas. Estou viva. E, quando meus dedos não sentirem mais o
It is believed that us women must be protected by you, the men. Actually, now, right now, I would like to feel protected someway. I feel like I was nude, in front of all the looks and prejudgements... I could pay attention to you today. And it's something so strange I feel when I look at you... I feel you're close, almost connected, but it's such a distance that I cannot reach. I don't know you. Even having talked with you for so many hours since we started talking... I would like to feel protected, because this thing I feel for you just kills me. I feel fool, and that's what I really am, a fool. I couldn't have let myself go your way like I did. I am such a fool... E mais uma vez digo, na língua em que pulsa esse meu sangue, que eu gostaria de me sentir protegida de alguma forma. Sabe quando você conhece alguém, e se identifica muito com essa pessoa? Daí, você descobre que ela é uma tremenda mentirosa... e dali em diante, você a escuta como escutava, mas com aq
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Que vontade de gritar, espernear, dar um jeito de tirar daqui de dentro tudo isso que eu sinto há tanto tempo! Eu não consigo entender... Que droga... Eu procuro livros, músicas, procuro palavras, explicações em todos os lugares... mas nada, absolutamente nada faz isso parar. Olho meu espelho e vejo sempre alguém sorrindo, mas o que eu carrego aqui dentro parece ser algo que não me pertence, pois me incomoda e não tem nada a ver comigo. De vez em quando eu sinto o peso dessa carga e sinto vontade de gritar, chorar, seja lá o que for... mas logo passa.. e tão logo volta. Eu preciso PARAR com esse ciclo.
Acho que se eu não fosse eu, eu ia querer muito você. Mas como eu sou eu, não só quero.. eu preciso.

Só falar??

Ok, vou escrever algo compreensível hoje. Vamos lá. Me passou pela cabeça hoje o que desejar às pessoas neste "Ano novo". Acho que esse negócio de "desejar" é muito subjetivo, assim como os conselhos que recebemos são quase todos nostalgias que as pessoas tem... Mas, enfim, sendo uma nostalgia minha, desejo que as pessoas prestem mais atenção naquilo que falam às outras. Não é muito bem um desejo, é mais um apelo! Imagine você, meu caro, quando confessa um dos seus maiores desejos, ou aquela promessa que está decidido a cumprir neste ano de 2008, e vem uma pessoa agradabilíssima e diz com aquele ar de desfeita: "Ih, esse aí só fala!". Ei! Para com isso! Se você fala, então cumpra. Para o "falar" não existe o "só". Falar é tudo, é prometer, é COMprometer-se. Antigamente os contratos e coisas importantes eram feitas verbalmente. Quando nossos professores de história dizem isso, o espanto que isso nos causa é algo vergonhoso. Como pode um
Sabe o que eu tenho vontade de te dizer inúmeras vezes? Isso: VÁ A MERDA!

neste ano...

Olha só que coisa mais interessante... a gente da cidade anda tendo medo de ficar na própria casa... isso chega a ser ridículo de tão trágico. Ando prestando atenção na maneira que as pessoas se comportam perante aquilo que têm medo. Tenho chegado a algumas conclusões também... mas faço essa proposta: perceba. Primeiro, tente ver do que exatamente ela tem medo (é incrível como são diferentes e inusitados motivos!), e depois como ela encara isso. Será que analisar diminui um pouco o medo? Bom, de qualquer modo, feliz ano novo.