Capítulo 1
- Passei!!
Mal podia acreditar: meu nome estava lá, na lista de aprovados no vestibular! Tinha estudado tanto, eu não acreditava.... era real! Eu tinha conseguido!
- Ta vendo, vó? Vô: meu nome ta aqui! Eu passei! Aqui: Sara Trovato!
- Parabéns minha netinha preferida! Eu sabia que você ia ser aprovada, afinal essa inteligência toda deve ser herança do seu avô aqui né!
O vô Matheus era sempre assim, bem humorado, até mesmo quando as coisas não davam assim tão certo. Mas naquele dia toda alegria dele só vinha coroar minha conquista, eu estava indo estudar em São Paulo!
- Vem cá minha querida, dá um abraço na sua vó! Estou tão orgulhosa de você... Tenho certeza de que sua mãe está sorrindo satisfeita lá de cima por ter uma filha tão inteligente e esforçada como você!
A vovó sempre lembrava da mamãe, principalmente nos momentos em que eu conseguia algo, ou em aniversários... Esse tipo de data em que todos estão felizes, e ela fazia questão de convidar a saudade a se juntar a nós. A mamãe morreu quando eu era bem pequena, acho que tinha uns dois anos, num assalto que aconteceu na casa da tia Carla, em São Paulo. A gente morava lá também, mas depois disso o papai decidiu que eu viria morar aqui com meus avós enquanto ele trabalhava por lá, seria melhor para mim. Eu sentia uma falta enorme da mamãe, mesmo não me lembrando de nada, parece que a falta dela sempre preenchia os silêncios em mim.
Depois de a vovó quase me estrangular com o abraço mais apertado que eu já tinha recebido em toda minha vida, fui correndo ligar para o papai e contar a boa nova, se bem que ele já deveria saber... afinal, o caso de amor que ele tinha com os computadores era mais ou menos o que eu tinha com meus livros.
- ‘Alô, pai?’
- ‘Oi filha! Tudo bem? Fala rapidinho, é que eu estou com um cliente aqui e...’
- ‘Pai, passei no vestibular! Vou morar com você!’
Percebi que ele tentou fazer uma voz de surpreso, mas ele era um péssimo ator.
- ‘Filha! Isso é maravilhoso! Parabéns, minha princesa!’
- ‘Obrigada pai! Estou tão feliz... Você vem pra cá ainda hoje?’
Ele sempre passava os finais de semana com a gente lá no interior, na casa dos meus avós. Era sempre muito legal quando ele chegava... Toda sexta-feira eu ficava esperando ele chegar, e mesmo depois de dezoito anos, ele sempre me trazia um presente! É... Eu sempre fui mimadérrima pelo papai!!
- ‘Claro que vou! Encher minha menina de beijos!’
- ‘Ah pai... Assim o Tales vai ficar com ciúme!’
- ‘Pois diga a ele que eu não estou nem aí para o que ele vai achar! Você é minha menina, e ele é um patifezinho que se acha merecedor da mina princesa!’
- ‘To brincando, papai!! E ele não é nenhum patifezinho não, ele é meu namorado’
- ‘ ........ ‘
- ‘Hahaha! Ta bom vai, estou esperando você chegar! Beijo, tchau.’
- ‘Outro filha, até mais tarde’.
Depois de todos os parabéns, fui para o meu quarto. Eu precisava ficar sozinha, precisava pensar em como seria tudo dali para frente, morar com meu pai, estudar letras na universidade federal que eu tanto sonhei... Era tudo mágico, tudo perfeito, do jeito que eu sempre tinha sonhado. Tentei imaginar como a mamãe reagiria a uma notícia boa dessas, ficava criando diálogos e situações, como seria o sorriso dela? E o cheiro, o toque? Fechei os olhos e imaginei ela sentada na minha cama, me contando sobre como tinha sido quando ela passou no vestibular e sentiu-se assim como eu me sentia naquele momento... Enquanto acariciava meus cabelos, ia falando com sua voz suave... Acabei adormecendo, por entre sonhos e realidades, adormeci.
Mal podia acreditar: meu nome estava lá, na lista de aprovados no vestibular! Tinha estudado tanto, eu não acreditava.... era real! Eu tinha conseguido!
- Ta vendo, vó? Vô: meu nome ta aqui! Eu passei! Aqui: Sara Trovato!
- Parabéns minha netinha preferida! Eu sabia que você ia ser aprovada, afinal essa inteligência toda deve ser herança do seu avô aqui né!
O vô Matheus era sempre assim, bem humorado, até mesmo quando as coisas não davam assim tão certo. Mas naquele dia toda alegria dele só vinha coroar minha conquista, eu estava indo estudar em São Paulo!
- Vem cá minha querida, dá um abraço na sua vó! Estou tão orgulhosa de você... Tenho certeza de que sua mãe está sorrindo satisfeita lá de cima por ter uma filha tão inteligente e esforçada como você!
A vovó sempre lembrava da mamãe, principalmente nos momentos em que eu conseguia algo, ou em aniversários... Esse tipo de data em que todos estão felizes, e ela fazia questão de convidar a saudade a se juntar a nós. A mamãe morreu quando eu era bem pequena, acho que tinha uns dois anos, num assalto que aconteceu na casa da tia Carla, em São Paulo. A gente morava lá também, mas depois disso o papai decidiu que eu viria morar aqui com meus avós enquanto ele trabalhava por lá, seria melhor para mim. Eu sentia uma falta enorme da mamãe, mesmo não me lembrando de nada, parece que a falta dela sempre preenchia os silêncios em mim.
Depois de a vovó quase me estrangular com o abraço mais apertado que eu já tinha recebido em toda minha vida, fui correndo ligar para o papai e contar a boa nova, se bem que ele já deveria saber... afinal, o caso de amor que ele tinha com os computadores era mais ou menos o que eu tinha com meus livros.
- ‘Alô, pai?’
- ‘Oi filha! Tudo bem? Fala rapidinho, é que eu estou com um cliente aqui e...’
- ‘Pai, passei no vestibular! Vou morar com você!’
Percebi que ele tentou fazer uma voz de surpreso, mas ele era um péssimo ator.
- ‘Filha! Isso é maravilhoso! Parabéns, minha princesa!’
- ‘Obrigada pai! Estou tão feliz... Você vem pra cá ainda hoje?’
Ele sempre passava os finais de semana com a gente lá no interior, na casa dos meus avós. Era sempre muito legal quando ele chegava... Toda sexta-feira eu ficava esperando ele chegar, e mesmo depois de dezoito anos, ele sempre me trazia um presente! É... Eu sempre fui mimadérrima pelo papai!!
- ‘Claro que vou! Encher minha menina de beijos!’
- ‘Ah pai... Assim o Tales vai ficar com ciúme!’
- ‘Pois diga a ele que eu não estou nem aí para o que ele vai achar! Você é minha menina, e ele é um patifezinho que se acha merecedor da mina princesa!’
- ‘To brincando, papai!! E ele não é nenhum patifezinho não, ele é meu namorado’
- ‘ ........ ‘
- ‘Hahaha! Ta bom vai, estou esperando você chegar! Beijo, tchau.’
- ‘Outro filha, até mais tarde’.
Depois de todos os parabéns, fui para o meu quarto. Eu precisava ficar sozinha, precisava pensar em como seria tudo dali para frente, morar com meu pai, estudar letras na universidade federal que eu tanto sonhei... Era tudo mágico, tudo perfeito, do jeito que eu sempre tinha sonhado. Tentei imaginar como a mamãe reagiria a uma notícia boa dessas, ficava criando diálogos e situações, como seria o sorriso dela? E o cheiro, o toque? Fechei os olhos e imaginei ela sentada na minha cama, me contando sobre como tinha sido quando ela passou no vestibular e sentiu-se assim como eu me sentia naquele momento... Enquanto acariciava meus cabelos, ia falando com sua voz suave... Acabei adormecendo, por entre sonhos e realidades, adormeci.
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